Ipomoea bahiensis: uma das delicadas flores da Caatinga
Ipomoea bahiensis é uma trepadeira da família das Convolvuláceas, a mesma da batata-doce. Conhecida popularmente como “jitirana”, é denominada cientificamente de Ipomoea bahiensis Willd. ex Roem. & Schult.
Ocorre na Bolívia e Brasil. Em território brasileiro foi registrada nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, nos domínios fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. É comumente encontrada em áreas antropizadas, e formações abertas.
O reconhecimento desta espécie é feito principalmente pela presença de um apêndice dorsal subapical nas sépalas, semelhante a um dente (Fig. 1).
Figura 1: Sépalas com rostro subapical. Foto: Antoniela Marinho, 2016.
Durante todos os meses do ano pode ser observada com flores, as quais são diurnas, e apresentam um disco nectarífero na base do ovário, situado no interior do tubo da corola, onde frequentemente são encontrados visitantes, como abelhas, borboletas e aranhas.
Este fato caracteriza a espécie como importante fornecedor de alimento aos animais da Caatinga, inclusive durante os períodos mais secos (Fig. 2).
Figura 2: Presença de visitantes florais. Foto: Antoniela Marinho, 2016
Suas flores vistosas e infundibuliformes embelezam a paisagem das Caatingas, tendo em vista que seus ramos formam verdadeiras cortinas lilases ao se apoiarem sob outras plantas, em cercas, ou até mesmo no solo, à procura da luz do sol (Fig. 3).
Figura 3: População de Ipomoea bahiensis em floração. Foto: Gabriel Garcia, 2016.
Referências
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